* Pesquisa realizada como aluna do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia, com financiamento da CAPES, pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior, e da Fapesb, pelo Programa de Bolsa de Doutorado.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

VOCABULÁRIO SOBRE A SURDEZ PARA INICIANTES – PARTE I

Neste texto apresento alguns conceitos relacionados à linguagem e comunicação dos surdos e com os surdos. Tratam-se, no entanto, de descrições breves e iniciais. Para os interessados, há muito material disponível sobre cada um desses temas. Caso deseje saber mais, ficarei contente em indicar outras leituras. É só pedir!

Surdez Pós-lingual – é a surdez adquirida, de forma progressiva ou súbita, após a aquisição da linguagem. O surdo pós-lingual pode se expressar oralmente, embora o tempo de surdez e a falta de retorno auditivo possam afetar a produção de alguns fonemas, tornando a compreensão de sua fala mais complicada.

Surdez Pré-lingual – é a surdez congênita, isto é, a pessoa nasce surda, ou adquirida muito cedo, antes do desenvolvimento da linguagem oral. Ambas podem ocorrer por fatores genéticos, por sequela de infecções, por intoxicação por uso de determinados medicamentos, por síndromes diversas e por vários outros fatores.

Língua de Sinais, LS – é uma língua que se constrói a partir de sinais feitos principalmente com as mãos. O significado dos sinais varia de acordo com a configuração das mãos, suas posições em relação ao corpo e os movimentos que elas realizam, aliados à expressão facial e corporal de quem sinaliza. A língua de sinais não é uma tradução da linguagem oral. Ela tem uma estrutura própria. Uma língua de sinais pode ser usada pra descrever situações, narrar acontecimentos, expressar pensamentos abstratos e sentimentos complexos, ou seja, é uma língua como qualquer outra.

Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS – como o nome já diz, é língua de sinais utilizada no Brasil. Cada país tem a sua língua de sinais, por exemplo, na França ela é chamada de Langue de Signe Française, LSF, e nos Estados Unidos, de American Sign Language, ASL. Desde 2002, a LIBRAS é a segunda língua oficial do Brasil. Assim como o português, a LIBRAS também apresenta variações regionais e mesmo entre diferentes grupos de idade. Ela é uma língua viva, que incorpora novas palavras e conceitos para dar conta das necessidades e desejos de comunicação entre seus usuários.

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Leitura Orofacial, LOF – mais conhecida como leitura labial, é empregada como forma de compreender o que é dito pelo outro a partir do movimento e posicionamento dos lábios, língua e bochechas. Às vezes, sem perceber, todos nós fazemos um pouco de leitura labial para complementar as informações que não são percebidas pela audição. Isso quer dizer que ela pode ser aprendida de forma espontânea, mas seu uso como meio principal de compreensão requer muito treino e uma grande capacidade de concentração. A LOF ajuda o surdo a se comunicar com ouvintes quando um ou ambos não são fluentes em língua de sinais. Ela pode ser facilitada ou dificultada por diversos fatores como a velocidade da fala, a posição do falante, a iluminação do ambiente ou a presença de objetos que atrapalhem a visão, como microfones, por exemplo. 



Dúvidas? Sugestões? Críticas? Não hesitem em me dizer, elas ajudam a melhorar o blog. 






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